
Quaresma, tempo de Reflexão!
Nesse momento delicado que é a Quaresma, senti uma grande necessidade de escrever um pouco sobre os espiritos Obsessores.
O que venho por meio desde compartilhar com vocês, é o resultado não só de estudos e pesquisas, mas acima disso, de experiências sentidas na propria pele. O texto é um pouquinho longo, mas vale a pena!
- Os Obsessores -
Existe uma intensa atividade que passa pelo o universo físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos encarnados de diversas formas, tanto positivas, como negativas.
Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades, tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.
Segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos, o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas freqüências.
Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, rancor, egoísmo, dentre outras emoções e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram, afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.
Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.
-Quando a Obsessão Nasce-
Existem diversas causas, formas e circunstâncias para cada caso. A partir do momento em que o espirito desencarnado tem a sua sensibilidade à Luz Divina embrutecida pelo tempo e pela sua natureza moral, ele fica estagnado num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que muitas vezes não se lembra sequer o por que de tudo nem de quando tudo começou.
Na maioria das vezes, esses espiritos estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida. Normalmente as pessoas imaginam que o surgimento de tais obsessões vem apenas pelo caminho do ódio, afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões (até mais graves), em virtude do amor em excesso.
O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos como o egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de auto-estima e etc, podem produzir obsessões. A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.
Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.
De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio. A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral da pessoa obsedada.
- As Faces da Obsessão-
Tendo em vista que, obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores que influenciam maleficamente, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tomam evidentes. Mas podemos dividi-Ias da seguinte forma:
Obsessão Simples- O espírito obsessor por meio da sua vontade e motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência firme e obstinada, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.
Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos "ruins" e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditos de nosso grande mestre Pai Oxalá e livrando-se da ação do obsessor.
Fascinação- Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.
O espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente.
A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tomará ainda mais complexa a situação. Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna.
Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma "missão divina", e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.
Subjugação- É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas "novas" atitudes.
Mas veja bem, o espírito obsessor NÃO toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsediado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor.
Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsediado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.
Auto-Obsessão- Muita gente nãos sabe, mas existem aqueles que mesmo desencarnados, estão obsediados; e o pior, por eles mesmos! Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos" erros" que acreditam terem cometido em vida.
Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por "castigos" que possam "purificá-los". Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.
- Fé e Determinação -
Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.
Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de médiuns desenvolvidos e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.
A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão.
O ideal é instruir a pessoa assediada a pratica de atos sadios, devolvendo a ele a força de vontade e quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.
A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.
Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar da pessoa assediada pelo obsessor, o qual deve ser um lugar limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, mal-cuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada.
A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que toma possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida!
O processo obsessivo possui sempre raízes profundas e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça.
Mas de nada adianta sermos 'cabeça de Coco' como já dizia um Baianinho porrêta! A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade.
A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e "atalhos" que lhe surgem à frente.
A partir do momento que a pessoa assediada consegue se libertar do vínculo com o obsessor é importante que fique bem claro a necessidade de modificar os padroes de vida que a levaram àquela situação, pois, para evitar uma recaída, a pessoa deverá manter a disciplina desenvolvida durante o tratamento, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.
Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.
Lembrando que:
A prática espiritual da prece e o estudo espiritual não só nos inspira como também, cria uma corrente fluídica positiva em torno de TODOS, gerando não só a elevação da nossa freqüência vibracional, mas também, um vínculo virtuoso e próspero de amor e luz com os espíritos a nossa volta.
Muito Axé para Todos,
Com muito Carinho,
Carol Serodio.
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